[RESENHA] Trilogia As 50 Sombras de Grey: Volume 1, de E.L James

Sinopse:

"As Cinquenta Sombras de Grey é um romance obsessivo, viciante e que fica na nossa memória para sempre.

Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta-os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? As Cinquenta Sombras de Grey é o primeiro volume da trilogia de E. L. James que é já o maior fenómeno literário do ano em todos os países onde foi publicado."

Classificação: 4.5★

Ficha Técnica:

Publicado em Portugal	Publicado no Brasil
Editora: Lua de Papel	Editora: Intrínseca
Páginas: 552	Páginas:480
Data de Publicação: 2012	Data de Publicação: 2012
Onde Comprar: Fnac: SEGUNDA MÃO Livro Físico - 8€ (a partir)	Onde Comprar: Amazon:  Livro Físico - R$ 17.90              Kindle - R$ 16.50

Capa Brasileira

Livros Seguintes:

2. As 50 Sombras Mais Negras   3. As 50 Sombras Livres   

Resenha:

Quando comprei este livro, na altura em que ele ainda não andava nas bocas de todo o mundo, estava com uma gripe horrível e a preparar-me para ficar uns dias na cama (ninguém sobrevive a isto sem livros). Portanto, quando li a sinopse por alto, todos as características que o diferem dos outros livros de romance escaparam-me. Fiquei chocada quando todos aqueles chicotes, objetos sexuais que nunca tinha ouvido falar na vida, as palavras “sadomasoquismo”, “dominador” e “submissa” se revelaram.

A verdade é que me apaixonei por esta trilogia. Muitos compreenderam mal a história ligando apenas ao facto de ser erótica, odiando a figura que entenderam de Christian e isso frustrou-me.

A trilogia retrata a história de um homem muito bem-sucedido que sofreu abusos de violência extrema quando era criança assim como a ausência de carinho, afeto e apoio.  Lidava com um ambiente onde existia droga constante, prostituição e não teve qualquer tipo de educação saudável e bem estruturada. Quando a sua mãe morreu devido a uma overdose, Christian foi adotado por uma família com boas posses e muito carinho para oferecer. No entanto, este rapaz cresceu enraivecido com o mundo e sem conseguir suportar o toque carinhoso porque o único que ele conheceu era violento. Então, é a partir deste cenário muito infeliz que Christian se integra no tipo de vida sadomasoquista. Por um feliz acidente, conhece Anastasia. Como todos os clichês que se conhecem, Anastasia é uma jovem estudante, virgem e sem qualquer experiência sexual (a sério, nem mãos, nem toques, nem um simples apalpar as partes sexuais).  Apesar do clichê explicito e que me fez revirar os olhos de forma negativa, encarei esta situação como uma segunda oportunidade para ambos. Ele começa a deixar-se ser amado e a ceder aos pedidos  de Ana para terem uma relação “normal”  e ela consegue lidar com os problemas de Christian ajudando-o a ultrapassar o que foi um início de vida muito infeliz.

Sinceramente, o fim do primeiro livro foi algo que não entendi. A sério, não conseguia entender o porquê de ela ter ficado tão chateada e revoltada se ela tinha pedido para que ele lhe mostrasse o pior. Ora, a única ligação que eu tenho com o mundo do sadomasoquismo é através desta trilogia, mas sei que num mundo onde as pessoas sentem prazer sexual com a dor então o pior não será nem um pouco divertido. No entanto, a autora escreveu o livro “Grey” em que, de forma sucinta, é o primeiro livro da trilogia só que contado por ele. E aí eu talvez arrisque dizer que entendi.  Ela não estava preparada para ver como ele poderia ser, não conseguia entender que a pessoa que ama conseguia sentir prazer na sua dor. E isso é compreensível.

Os livros seguintes, na minha humilde opinião pessoal, são mais românticos. Com mais peripécias e um maior envolvimento.

Bem, o meu último conselho para quem está na dúvida é: arrisquem. É um bom livro, uma boa trilogia, com uma escrita muito acessível e uma dica para as que, passado diversas cenas de sexo, se sentirem já cansadas: passem à frente. Não me orgulho de o admitir, mas houve uma certa altura que eu já não aguentava ler tanto sexo e por isso passava um pouco à frente para a parte em que a história “continuava”.

Para quem não tem problemas em ler cenas sexuais explícitas, gosta de ler um romance e sentir-se muitas vezes atraído para as personagens e o seu tipo de vida então este é um livro em que devem apostar ler.

Quem é a E. L. James?

E. L. James trabalhou como executiva na televisão, é casada, tem dois filhos e vive em Londres. Desde criança que sonhava escrever histórias que apaixonassem os leitores, mas teve de suspender esse sonho para se focar na sua família e na sua carreira. Quando finalmente teve coragem, durante 18 meses dedicou-se a escrever o seu primeiro romance, As Cinquenta Sombras de Grey, que deu início à mais ousada, discutida e polémica trilogia do Século XXI.

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E vocês? O que acharam do livro ou da Trilogia no geral?