terça-feira, março 20, 2018

Como Criar Um Livro de Sucesso


O artigo de hoje serve para todos aqueles que querem escrever um livro. Um livro bom. Um livro que irá fazer com que todos os teus leitores se sintam maravilhados. Um livro que tornará o teu nome um marco para quando alguém quer ler um bom livro.

Se já escreveste um, dois, três livros e ainda assim tu vês que os teus livros não têm grande aderência no meio dos leitores, então anda daí. 

Porque vou-te explicar como é que consegues escrever um livro que te tornará um sucesso.



Hoje vou-me retratar simplesmente como uma leitora que ama ler e não uma crítica de livros e autora de um Blog Literário.

É óbvio que o sucesso de um livro é subjetivo. E também como todos vós já devem saber, nem sempre a fama é sinónima de qualidade. Infelizmente. 

Mas temos que concordar que alguns livros já estão destinados ao fracasso. Portanto, tu, escritor(a) que queres ser o melhor que consegues ser neste meio, tens que ler isto até ao fim. 

1. Qual é o Teu Público Alvo?



Determinar o teu público alvo é a chave principal para descodificares todo o processo restante.
Qual é o género que vais querer escrever?

Dentro de um livro podem existir vários géneros literários. Se já tomaram alguma atenção nos livros que vos indico então já devem ter reparado que no final de cada post estão lá várias etiquetas. Dentro dessas etiquetas - que servem para categorizar os livros e ajudar-vos a encontrar a vossa próxima leitura da forma mais personalizada de sempre - estão lá indicados os géneros literários de cada livro. Habitualmente, cada livo tem mais do que um género literário.

Mas...

Tens que saber qual o género dominante. 
Isto é, o teu livro pode ter uma investigação criminal, ser romântico, ter suspense e ainda ser um pouco cómico. Mas qual é o verdadeiro objetivo dele?

É um romance? Um romance que te faz devorar cada página e ainda teres a emoção de ler uma história de investigação criminal, com um pouco de suspense e rires-te sem qualquer pudor? 

É uma Investigação Criminal? Que, por acaso, também tem um romance lá descrito e que te faz soltar uma gargalhada ou outra?


São estas questões que deves saber logo de início para conseguires escrever a melhor história possível. 

Porque depois de saberes qual é o teu género literário então já vais conseguir responder à pergunta "Qual é o Teu Publico Alvo?".


2. Saber o Que Está Na Moda




Queres ir de contra o que está na moda? Achas que aquilo que queres escrever é tão bom, tão importante que não importa se as pessoas estão a querer ler isso porque quando ouvirem falar do teu livro, elas irão ler?

Então pensa outra vez.

Isto não sou eu a tentar ser má. Isto sou eu a tentar abrir-te os olhos e a tentar a ajudar-te para que tenhas sucesso. 

Saber o que as pessoas querem ler é meio caminho andado.

Agora deves estar a pensar: E o que é que as pessoas querem ler?

Não sei sobre os outros géneros literários, mas se o género que queres escrever é o romance então basta mandares-me uma mensagem e eu apresento-te algumas ideias que já vi as pessoas pedirem.

Mas uma boa forma de saberes o que as pessoas querem ler é pesquisares,

Tens diversos grupos no Facebook em que reúnem leitores. Lá, as pessoas pedem indicações de livros. Às vezes de livros que não existem, mas que as pessoas querem ler. 
Vai aos blogs literários e vê quais os livros mais requisitados.

3. A Pesquisa É Fundamental



Pesquisa. Pesquisa e mais pesquisa. 

O trabalho de um escritor não é só escrever. Também passa muito pela pesquisa. 

Os escritores têm que pesquisar sobre:
  • as profissões das suas personagens.
Não podes dizer que a tua personagem principal é advogada se não sabes o que é que um advogado tem que fazer.

  • a cidade/país que escolheste para se passar a história
Nem todos os escritores gostam de escrever sobre as terras que conhecem. Muitos deles gostam de se aventurar, mas antes disso eles têm que pesquisar sobre o número de habitantes, os seus costumes, atrações... 

Poderia fazer-vos uma lista, mas o conceito base já está implícito. Vocês têm que pesquisar. Irá fazer com que o leitor se sinta mais dentro da história e irá ajudar-vos a manter a veracidade das situações.


4. Escrever Ficção É Uma Coisa, Escrever Sem Veracidade É Outra.


Eu já tive tantos problemas com a falta de veracidade num livro que até chega a ser agoniante. 

Como devem saber, o blog oferece a possibilidade de os autores enviarem as suas obras para o e-mail. Estas, em princípio, são resenhadas e postadas no blog. Mas (oh não!) não conseguem imaginar os problemas que às vezes tenho ao ler uma obra enviada diretamente para o blog e esta não ter, na maioria da história, a veracidade esperada.

Isto é simplesmente frustrante e revoltante! Porquê? 
Pensem nisto... um livro que esteja a ler por escolha minha - e este não ter sido sugerido pelo próprio autor - se não estiver a gostar do livro basta colocá-lo de volta e dar-lhe uma classificação no goodreads para não cair no erro de ler mais alguma coisa do(a) autor(a). 
Mas... um livro enviado pelo próprio autor? Então eu tenho que lhe explicar porque é que não vou postar a resenha. Vou ter que lhe explicar que as coisas se tornaram tão ridículas pela falta de veracidade que, para o bem dele, não o vou poder postar. 

Sei que soa duro o que estou a tentar dizer, mas é frustrante. Principalmente quando estás a ler uma história que tem todo o poder de ser um sucesso.

Por isso, se queres escrever algo pesquisa para saberes se aquilo que vais escrever é verdadeiro ou não. Porque se não for, estás a dar um tiro no pé e perder a oportunidade de teres um livro muito bem escrito.

"Nor was I a cop, but I knew enough about the justice system  to know that no court would allow what this author wanted me to believe." - Some Lucky Woman: Jana's Story, de Carmen DeSousa 
( PT: "Nem era polícia, mas sabia o suficiente sobre o sistema judicial para saber que nenhum tribunal permitiria o que este autor queria que eu acreditasse")


5. Cuidado Com as Personagens


Um erro muito comum é, por exemplo, uma autora descrever uma personagem masculina e tu ficas "ok... isso não me parece muito como uma personagem masculina, mas ok" e continuas a ler.
Até que te aparece um diálogo e tu não consegues imaginar um homem a dizer aquilo. Muito pelo contrário, imaginas a autora sentada a escrever aquele diálogo e, quase como magia, todo o teu interesse no livro desaparece. 

Com isto, não quero dizer que um homem, por exemplo, tenha que ser um "machão" que maltrata as mulheres e mede o seu órgão sexual. Não, claro que não. Mas os homens são diferentes das mulheres. Independentemente da sua orientação sexual. 

O leitor tem que se apegar às personagens, mesmo que isso signifique que ele as tenha odiado. 


6. O Livro Já Está Escrito. Está Na Hora de o Mostrares


Imaginando que ele já está pronto. Não o envies já para uma Editora Tradicional. Isso pode ser um grande erro.

Vê o que tens que fazer:
  • Rever. Revê 2, 3, 4 vezes se for preciso. 
Acredita que de todas essas vezes vais encontrar algum erro ou algo que não faz sentido.
  • Mostra aos teus familiares e amigos.
Esta é a parte que te pode levar a erro porque a sua maioria vai-te dizer que gostou quando na verdade não gostou. Tens algumas estratégias para saber se eles realmente gostaram.

Demoraram quanto tempo a ler? Dois dias? Uma semana? UM MÊS? 

Nem sempre é infalível, mas quanto mais tempo eles demoraram a ler mais significa que eles não se apegaram assim tanto à obra como te fazem acreditar. 
Até pode nem ser culpa tua. Eles gostam de ler o género de livros que tu escreveste? Isso também é muito importante.

Se vires que eles te estão a esconder um pouco sobre a verdadeira opinião deles, faz-lhes perguntas mais concretas.
  1. Gostaste da personagem x?
  2. E o final?
  3. Qual foi a parte que mais gostaste?
  4. E qual foi a parte que menos gostaste?
  • Podes pesquisar blogs literários que não se importam de ler o teu livro ainda não publicado e dar-te uma crítica verdadeira.
É difícil de encontrar, mas encontra-se. Se já és um autor com alguma obra publicada então podes enviar o livro para mim. 

  • Já está? Já tens tudo pronto? Ok. Então tenta a tua sorte e envia para uma Editora Tradicional.
Fica a saber que não é fácil publicar numa Editora Tradicional.

  • "Não consegui. Não obtive qualquer resposta. E agora?"
Podes sempre publicar com uma Editora de Auto-Publicação. 
É natural que uma Editora Tradicional não tenha aceite o teu manuscrito. Eles é que financiam toda a obra e eles têm que apostar em opções viáveis e seguras. Se ainda não criaste nome, então ainda não tens nenhuma justificação para que eles apostem em ti. 

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